A inabilidade do homem para obter ou manter ereção suficiente para uma relação sexual satisfatória sempre teve uma denominação: impotência. Esse termo, entretanto, além de pejorativo e distante da realidade, é muito pouco científico. O termo mais exato para designar o problema da ereção é disfunção erétil, que pode ser perfeitamente resolvida por um especialista.
Um estudo realizado em 1992 nos Estados Unidos revelou que existem de 10 a 20 milhões de homens com algum grau de disfunção erétil naquele país. Este número salta para 30 milhões se forem consideradas disfunções mais leves ( quando o homem consegue ereção mais ela não é satisfatória ). De acordo com esse estudo, aproximadamente 2 % dos homens até 40 anos têm disfunção erétil manifestada. Nos homens de 40 a 65 anos, a incidência sobe para 25%, número que vai aumentando progressivamente com a idade.
O diagnóstico da disfunção erétil compreende avaliação física e psicológica.
O aspecto psicológico é extremamente importante, pois o relacionamento sexual satisfatório compreende uma série de estímulos, sentimentos muito íntimos e individuais. Quando há stress de qualquer natureza ou outro problema que afete o lado emocional, poderá haver interferência no processo de ereção. Ex: problemas de relacionamento do casal, problemas financeiros, etc..
Como causas orgânicas, existem problema hormonais, vasculares e neurológicos, há também doenças sistêmicas e o uso de determinados medicamentos que contribuem para a ocorrência de disfunção erétil. É preciso considerar ainda certos fatores de risco que contribuem para as doenças vasculares e neurológicas e que, consequentemente, podem interferir no mecanismo de ereção.
Entre os fatores de risco estão a hipertensão, o diabetes, a doença coronária, o alcoolismo e o tabagismo. O fumo contribui para o desenvolvimento da arteriosclerose, doença que afeta os vasos sangüíneos do corpo inteiro e, portanto, também os vasos penianos. O álcool é outro fator negativo, que atua como depressor do sistema nervoso e, ao contrário do que se possa pensar , não funciona como estimulante nem melhora a ereção.
Como devem ser considerados os aspecto físico, psicológico e o comportamental, o tratamento da disfunção erétil deve ser multidiciplinar , ou seja, realizado em conjunto pelo urologista e pelo psicoterapeuta. Quando é feita esta abordagem simultânea das causas do problema, a eficácia do tratamento é sempre maior.
A escolha do tratamento vai depender das características e da disponibilidade do paciente.
Hoje há no mercado medicamentos de uso oral que tem grande eficácia no tratamento da disfunção erétil. Outro métodos utilizados é a aplicação de medicamentos vasoativos no pênis , que provocam a ereção. O paciente utiliza uma seringa própria e faz a auto-aplicação, com a dosagem indicada pelo médico, minutos antes da relação sexual. Os métodos são simples e não apresentam problemas, desde que realizado com acompanhamento médico.
Outra solução bastante eficaz é a colocação de próteses de silicone nos corpos cavernosos do pênis. As próteses possibilitam ao pênis a rigidez suficiente para uma relação sexual satisfatória e garantem comodidade e descrição na vida quotidiana. Outra vantagem é que a cirurgia de colocação das próteses é bastante simples e rápida, sendo necessário apenas um dia de internação.
È importante ressaltar que nenhum desses tratamentos interfere na ejaculação, no orgasmo ou no desejo sexual do paciente.
Por diversas razões, muitas vezes o indivíduo com disfunção erétil demora para procurar um especialista, por medo, vergonha, insegurança ou mesmo desinformação. E importante também que o paciente confie no médico que o acompanha. A confiança é essencial para que o médico identifique o problema e estabeleça um vínculo com o paciente de modo que o tratamento seja eficiente.
É importante que o homem compreenda que, em qualquer idade ou fase da vida, tem o direito e o poder de realizar o que lhe proporciona prazer na vida, seja ele sexual ou de qualquer outra ordem. Possibilidades de prazer devem ser procuradas sempre, para garantir uma vida saudável, sem privações, com vigor e energia. Essas possibilidades certamente estão ao alcance de todos.
A incontinência urinária masculina (IUM) tem a cirurgia para retirada total da próstata: prostatectomia radical (para câncer) como a maior responsável pela grande maioria dos casos, quase 90% dos casos, seguida das cirurgias para o tratamento do aumento benigno da próstata (não cancer): a ressecção trans uretral de próstata (cirurgia para alargamento da próstata realizado através da uretra) e a prostatectomia a céu aberto (realizada com incisão na barriga) que respondem por 0,5 a 3% dos casos e restando uma pequena parcela de pacientes que apresentam incontinência por problemas neurológicos e mal formações congênitas.
A principal causa é a lesão de uma estrutura localizada junto a parte do ápice prostático na junção com a uretra que se chama esfíncter externo, uma espécie de válvula que segura a urina na bexiga, quando há lesão desta estrutura pode ocorrer a incontinência (perda involuntária de urina).
Diversos estudos mostram que a incontinência urinaria no homem tem efeitos devastadores na qualidade de vida, e piora quanto mais severa for a grau de incontinência, afetando a vida profissional, social, emocional psicológica e ate sexual do paciente.
Nas ultimas décadas tem surgido tratamentos que inicialmente podem ser conservadores como intervenções comportamentais e fisioterapia especificas, uso de forros (fraldas), Clampes penianos (especie de pregador colocado ao redor do penis para comprimir a uretra e evitar saída de urina) e alguns medicamentos que ate o momento não tiveram os efeitos desejados.
Se essas medidas conservadoras iniciais falharem resta o tratamento cirúrgico (6 a 9% dos casos) onde os principais são:
a) Esfíncter Artificial uma espécie de mecanismo implantado cirurgicamente ao redor da uretra que tem a função de comprimi-la e impedir a perda de urina, tem taxa de sucesso e boa satisfação dos pacientes (por volta de 90%) e ate o momento tem sido considerado o principal tratamento para a incontinência urinaria masculina. Contudo apresenta algumas características como necessidade de acionamento manual do paciente portanto requer que o paciente tenha destreza manual e mental para aciona-lo, necessita de uma cirurgia complexa que só deve ser realizada por urologistas que estejam habituado a técnica, e ao longo dos anos após a colocação podem ocorrer problemas clinico e mecânicos do dispositivo que requeiram a necessidade de re-operação para retirar o dispositivo (taxas podem chegar a 35% em 10 anos) e por fim apresentam custo elevado (valor em 2013 por volta de 50 mil reais) .
b) Slings Sub Uretrais na ultima década ganharam interesse particular tendo em vista os avanços tecnológicos dos dispositivos, alguns dos quais semelhantes aos utilizados com sucesso na incontinência urinaria feminina, nada mais são que “fitas” colocadas sob uretra; reposicionado-a e promovendo compressão sobre a mesma impedindo a perda de urina.
O desenvolvimento desta técnicas tem sido considerada uma alternativa viável ao esfíncter artificial, uma vez que apresentam algumas vantagens como: a cirurgia ser menos complexas e com menor custo (2013 por volta de 10 mil reais) ausência de mecanismo de ativação de modo que não necessita participação do paciente e taxas de sucesso por volta de 70% e sem complicações graves.
Outro ponto a ser considerando é que, em caso de falha do sling, o esfíncter artificial pode ainda ser implantado com resultados iguais a aqueles pacientes sem tratamento cirúrgico anterior.
Em resumo hoje o paciente que por qualquer motivo apresente perda involuntária de urina e que considere que o fato leve a uma significativa perda de sua qualidade de vida deve procurar um urologista, pois há possibilidades se não de uma cura total de uma melhora significativa e portanto aumento de sua qualidade de vida.
Calculo renal ocorre raramente em crianças, representa apenas 3% dos casos de calculose em geral, as duas principais causas da formação de cálculos na criança são alterações metabólicas e infecção urinaria.
O tratamento em crianças é igual ao de adultos com pequenas particularidades, deve-se na medida do possível agir sobre as causas tratando as infecções com antibióticos e identificando alterações metabólicas.
No tocante ao tratamento especifico do calculo a partir de 1970 houve uma drástica evolução, passando da cirurgia aberta a métodos minimamente invasivo até chegar a litotripsia extra-corpórea (LECO)
A litotripsia extra-corpórea (LECO) é um método muito pouco invasivo, onde o paciente se deita e com RX ou ultrassonografia localiza-se o calculo e se dispara ondas de energia miradas apenas no calculo que atravessam todo o corpo e atingem apenas o calculo promovendo sua fragmentação, de modo que esses possam ser eliminados pelas vias naturais (urina) com facilidade e sem necessidade de cirurgia.
O uso de litotripsia extra-corpórea (LECO) na criança inicialmente ocorreu de forma lenta devido e a incerteza dos efeitos das ondas de choque sobre os rins, complicações e efeitos sobre órgãos adjacentes aos rins. Hoje já se sabe que as complicações são raras e quando ocorrem são sem gravidade e menores que em adultos, não causam lesões permanentes nos rins e a eficiência é comparável ao de pacientes adultos.
Assim a grande maioria das crianças com calculo renal podem e devem ser tratadas com litotripsia extra-corpórea (LECO) por ser eficiente e causar poucas complicações, apenas crianças com alteração da coagulação sanguínea (ex. hemofílicos), Infecções graves, cálculos muito grandes ou que apresentem importantes alterações anatômicas dos rins não devem ser submetidas a essa modalidade de tratamento.
O que é Cálculo renal?
O cálculo renal, é uma massa sólida formada por pequenos cristais, que podem ser encontrados tanto nos rins quanto em qualquer outro órgão do trato urinário. O cálculo renal é conhecido popularmente como pedras nos rins.
Tipos
Existem quatro tipos de cálculos renais, sendo que um se diferencia do outro no que diz respeito à sua formação e principais características. Os tipos de pedras no rim existentes são:
Cálculos de cálcio
São os mais comuns. Ocorrem mais frequentemente em homens do que em mulheres e aparecem e aparecem no geral entre 20 e 30 anos. Tendem a reaparecer após tratamento. O cálcio pode combinar-se com outras substâncias, como o oxalato, o fosfato ou o carbonato para formar a pedra nos rins. Algumas doenças do intestino delgado, dietas ricas em vitamina D e distúrbios metabólicos aumentam o risco de formação dos cálculos de oxalato e cálcio.
Cálculos de cistina
Estes podem aparecer em pessoas que têm cistinúria, uma doença renal hereditária e que afeta tanto homens quanto mulheres.
Cálculos de estruvita
Encontrados principalmente em mulheres com infecção do trato urinário. Esses tipos de pedra nos rins podem crescer muito e bloquear o rim, o ureter ou a bexiga.
Cálculos de ácido úrico
Correspondem a 7% de todos os cálculos renais tratados. Formam-se principalmente em pacientes que têm ácido úrico elevado. São mais frequentes em homens do que em mulheres. Podem, ainda, ocorrer juntamente com dietas ricas em proteína, gota ou quimioterapia. Fatores genéticos também podem contribuir para o surgimento de pedras no rim deste tipo.
Outros tipos de pedra nos rins também podem ser formados, mas são muito raros.
Causas
As pedras nos rins são formadas quando a urina apresenta quantidades maiores que o normal de determinadas substâncias, como cálcio, oxalato e ácido úrico ou que têm uma diminuição na quantidade de alguns fatores que impediriam a aglomeração desses cristais como por exemplo o citrato. Essas substâncias podem se precipitar e formar pequenos cristais que, depois, vão se aglutinar e se transformarão em pedras.
Alguns fatores são considerados de risco, pois contribuem para o surgimento do cálculo renal. Veja:
Fatores de risco
Alguns fatores são considerados de risco, pois contribuem para o surgimento do cálculo renal. Veja:
Saiba mais: Casos de cálculo renal crescem 30% no verão
Histórico familiar: se alguém da sua família já teve pedra nos rins, as chances de você desenvolvê-las também são maiores. Agora, se você já apresentou a doença alguma vez, as chances de você desenvolver mais uma vez também são altas
Adultos acima dos 40 anos são mais propensos a desenvolver pedra nos rins do que pessoas mais jovens. No entanto, o problema pode ocorrer em qualquer idade
Homens são mais suscetíveis aos cálculos renais do que mulheres
Deixar de beber a quantidade de água indicada todos os dias aumenta os riscos de desenvolver pedras nos rins. Neste sentido, pessoas que vivem em regiões quentes ou que suem muito estão dentro do grupo de risco
Dietas ricas em proteína, sódio (sal) ou açúcar também são consideradas fatores de risco. A presença exacerbada de sal na dieta aumenta a quantidade de cálcio que os rins deverão filtrar, o que consequentemente leva a um risco maior do surgimento de cálculos renais
Pessoas com obesidade também possuem maior risco de apresentar pedra nos rins
Doenças do trato digestivo, como inflamação gastrointestinal e diarreia crônica, e cirurgias, como a de bypass gástrico, podem causar mudanças no processo de digestão que afetam diretamente na absorção de cálcio e água, aumentando as chances de formação de substâncias capazes de levar à formação de pedras
Outras doenças, como acidose, lesões renais tubulares, cistinúria, hiperparatireoidismo, doenças no trato urinário e alguns medicamentos também podem aumentar os riscos de cálculo renal.
Clinica urologia frei caneca – 2019